terça-feira, 8 de outubro de 2013

Em Jericó, um mosteiro incrustado na montanha

 

Todas as cidades de Israel têm uma história secular, que pode ser do povo hebreu, dos persas invasores ou da época dos cruzados.Uma delas é Jericó, considerada a cidade mais antiga do mundo ainda habitada, com 10 mil anos de existência. Localizada a 30 km de Jerusalém, 10 km do Mar Morto e a 7 km do Rio Jordão, está  260 metros abaixo do nível do mar.  Ali estão valiosos tesouros arqueológicos e naturais.
O mosteiro cravado na rocha
Hoje é uma próspera cidade, lugar de casas de campo preferida dos habitantes de Jerusalém, constitui-se também em atração turística muito grande,  com  vários hotéis cinco estrelas .Para chegar a Jericó há dois caminhos. O primeiro, a partir de Jerusalém, por uma auto-estrada que cruza todo o deserto até chegar a Jericó. Entre as montanhas observam-se tendas de beduínos que pastoreiam suas ovelhas, nos mesmos costumes de milhares de anos. O outro é atravessando o Vale do Rio Jordão e as montanhas brancas, por estradas de primeiro mundo. Neste vale estão os kibutz e empresas rurais que produzem todo o tipo de frutas, de primeira qualidade. Atravessa-se a fronteira com a atual Palestina, sem dificuldades de vistos. Logo percebe-se a diferença com as terras de Israel. Aqui vê-se menos produção agrícola e as cidades são mais humildes com casas bem pobres.
As montanhas desérticas
O peregrino que visita Jericó, a cidade onde Jesus encontrou “o baixinho” Zaqueu, obrigatoriamente visitará o Mosteiro das Tentações, incrustado na rocha.A tradição oral diz que neste local, nas montanhas desérticas, Jesus passou 40 dias, depois do seu batismo no Rio Jordão. Em 326 dC, a Rainha Helena, mãe do Imperador romano Constantino, esteve no local e a gruta na rocha foi por ela considerada um lugar sagrado. Um antigo Mosteiro foi edificado no Século VI pelos bizantinos. Posteriormente os cruzados, em 1099, construíram ali duas igrejas.O local foi comprado pelos padres ortodoxos que alí construíram este Mosteiro da Tentação, em 1874. Hoje ele é administrado pela Autoridade Nacional da Palestina, sob a supervisão de monges ortodoxos.
Os vales são profundos
Para chegar lá há duas maneiras: o teleférico e a subida a pé, pelas encostas da montanha. Nosso grupo optou por subir a pé, mas nos arrependemos, pois tivemos que parar diversas vezes, por cansaço e dor nas pernas. Na portaria fomos recebidos por um monge, com uma imensa chave, de uns 20 cm em suas mãos. Subimos vários degraus e chegamos às grutas e aos aposentos dos monges. Ali há uma capela e a gruta onde existe a pedra em que Jesus sentou durante sua permanência no deserto. O Mosteiro é uma admirável obra de engenharia, pois está construído na rocha pura, situado a 350 metros acima do nível do mar. De uma varanda, divisa-se uma bela paisagem do deserto e do Vale do Jericó, um verdadeiro oásis verde. Também se pode apreciar as famosas grutas nas montanhas desérticas, ao lado do Mosteiro e que foram habitadas no passado.
Um passeio de camelo para a foto
No sopé da montanha, palestinos árabes oferecem passeio de camelo, somente para bater uma foto e dar uma volta de 50 metros, por um preço bem acessível, em torno de cinco dólares. É uma bela recordação de Jericó que atrai turistas de todas as partes do mundo. Realmente é um passeio imperdivel!
 

Nenhum comentário:

Postar um comentário