quinta-feira, 17 de outubro de 2013

Hippos, uma cidade milenar no alto do monte



Uma cidade totalmente diferente, aqui em Israel, é Hippos, que quer dizer em grego, cavalo. Porque diferente? Porque foi construída no topo achatado de uma montanha que circunda o Lago Genezaré, a poucos kms da cidade de Tiberias. É uma cidade do tempo de Jesus e foi habitada por gregos e também por romanos. Hoje a área é um parque nacional, que leva o nome de Susita, um termo hebraico para Hippos.
 Sua história começa no século II aC, quando foi habitada pelos Ptolomeus (judeus). Depois chegaram os gregos e os romanos. No novo Testamento, quando Jesus menciona "uma cidade edificada sobre um monte, que não pode ser escondida" (uma das metáforas do sermão da Montanha), ele poderia estar se referindo a Hippos. A vidente italiana Maria Valtorta afirma, em seus livros, que Jesus esteve em Hippos.
A cidade no alto do monte. ao fundo o Lago Genezaré

No alto do monte, uma cidade milenar

Áreas minadas na região

A rua principal ainda intacta

Susita em hebraico quer dizer cavalo

Desse ponto, há mais de dois mil anos atrás, estando a 350 metros acima do lago Genezaré, os gregos e os romanos controlavam o lago. Até 1966 a região era uma área neutra, desmilitarizada, controlada pela ONU. Em 1967, os israelenses se apoderaram desta montanha, bem como de todas as montanhas de Golan que pertenciam à Síria.
 Para chegar a Hippos, há uma estrada asfaltada entre as encostas das montanhas adjacentes, até uma praça para o estacionamento. A partir daí caminha-se a pé montanha acima, até chegar às ruínas. Hippos tem 2 km de comprimento por uns 500 metros de largura. Por toda parte, há avisos para  não entrar nas áreas cercadas por arame farpado, pois é uma região de minas. Pode-se ver todo o Lago Genezaré, bem como outras montanhas e vales que o circundam. Também vê-se um refúgio antiaéreo da guerra de 1967, quando Israel venceu a Síria e o Egito.

A antiga cidade era cortada pela avenida principal (a Decumanum Máximus) que corria de leste para oeste e por ali passavam carruagens e cavalos. Tinha, na sua direita e na esquerda, as edificações e ruelas. Destaca-se um centro comercial e um entroncamento de estradas para as cidades de Gamala, Gedara e Tiberias. As ruas eram calçadas e até hoje caminha-se em cima de pedras originais. Há vários templos que foram construídos pelos romanos e, mais tarde, adaptados para templos católicos pelos cruzados. As colunas de granito vermelho dos templos vieram do Egito, por isso afirma-se que os habitantes de Hippos eram ricos. Há um anfiteatro, a casa do imperador romano e restos de um aqueduto de 50 km de comprimento, cuja água vinha, por gravidade, das montanhas de Golan. Nos primeiros séculos após Cristo, Hippos continuou paganizada. Aos poucos, a cidade foi sendo cristianizada, na época do Imperador Constantino, tornando-se sede episcopal. O bispo Pedro, de Hippos participou dos Concílios da Igreja em 359 e 362. Um terremoto em 749 dC destruiu a cidade e ela não foi reconstruída. Atualmente, Universidades israelenses fazem escavações arqueológicas e isso constitui-se em uma das inumeráveis atrações turísticas do país. 

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