Uma cidade totalmente diferente, aqui em Israel,
é Hippos, que quer dizer em grego, cavalo. Porque diferente? Porque foi
construída no topo achatado de uma montanha que circunda o Lago Genezaré, a
poucos kms da cidade de Tiberias. É uma cidade do tempo de Jesus e foi habitada
por gregos e também por romanos. Hoje
a área é um parque nacional, que leva o nome de Susita, um termo hebraico para
Hippos.
Sua
história começa no século II aC, quando foi habitada pelos Ptolomeus (judeus).
Depois chegaram os gregos e os romanos. No novo Testamento, quando Jesus menciona "uma cidade
edificada sobre um monte, que não pode ser escondida" (uma das metáforas
do sermão da Montanha), ele poderia estar se referindo a Hippos. A vidente italiana Maria Valtorta afirma, em
seus livros, que Jesus esteve em Hippos.
A cidade no alto do monte. ao fundo o Lago Genezaré |
No alto do monte, uma cidade milenar |
Áreas minadas na região |
A rua principal ainda intacta |
Susita em hebraico quer dizer cavalo |
Desse ponto, há mais de dois mil anos atrás, estando a 350 metros acima do lago
Genezaré, os gregos e os romanos controlavam o lago. Até 1966 a região era uma área
neutra, desmilitarizada, controlada pela ONU. Em 1967, os israelenses se
apoderaram desta montanha, bem como de todas as montanhas de Golan que
pertenciam à Síria.
Para chegar a Hippos,
há uma estrada asfaltada entre as encostas das montanhas adjacentes, até uma
praça para o estacionamento. A partir daí caminha-se a pé montanha acima, até
chegar às ruínas. Hippos tem 2
km de comprimento por uns 500 metros de largura.
Por toda parte, há avisos para não
entrar nas áreas cercadas por arame farpado, pois é uma região de minas. Pode-se
ver todo o Lago Genezaré, bem como outras montanhas e vales que o circundam.
Também vê-se um refúgio antiaéreo da guerra de 1967, quando Israel venceu a
Síria e o Egito.
A antiga cidade era cortada pela avenida principal (a
Decumanum Máximus) que corria de leste para oeste e por ali passavam carruagens
e cavalos. Tinha, na sua direita e na esquerda, as edificações e ruelas.
Destaca-se um centro comercial e um entroncamento de estradas para as cidades
de Gamala, Gedara e Tiberias. As ruas eram calçadas e até hoje caminha-se em
cima de pedras originais. Há vários templos que foram construídos pelos romanos
e, mais tarde, adaptados para templos católicos pelos cruzados. As colunas de
granito vermelho dos templos vieram do Egito, por isso afirma-se que os
habitantes de Hippos eram ricos. Há um anfiteatro, a casa do imperador romano e
restos de um aqueduto de 50 km
de comprimento, cuja água vinha, por gravidade, das montanhas de Golan. Nos
primeiros séculos após Cristo, Hippos continuou paganizada. Aos poucos, a
cidade foi sendo cristianizada, na época do Imperador Constantino, tornando-se
sede episcopal. O bispo Pedro, de Hippos participou dos Concílios da Igreja em
359 e 362. Um terremoto em 749 dC destruiu a cidade e ela não foi reconstruída.
Atualmente, Universidades israelenses fazem escavações arqueológicas e isso
constitui-se em uma das inumeráveis atrações turísticas do país.
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