Um dos
cenários épicos da história do povo judeu é Massada, uma fortaleza-castelo,
localizada à beira do Mar Morto, a 80 km de Jerusalém. Construída pelo Rei
Herodes, serviu também como seu palácio. No topo achatado do Monte Massada, a
420 de altura, refugiaram-se na fortaleza 960 judeus que preferiram morrer a se
entregarem aos invasores romanos, depois de resistirem por dois anos ao cerco.
Isto aconteceu no ano 72. dC.
O Monte Massada com o teto achatado |
Relata a história
que os romanos através de uma imensa rampa construída por escravos judeus,
invadiram a fortaleza e encontraram lá todos os judeus mortos, menos uma velha
e duas crianças que tinham se escondido em uma das 12 cisternas de água. Os
judeus fizeram um pacto na noite anterior ao ataque. Primeiro, os pais de
família mataram seus filhos e a esposa. Depois, foram se matando até restarem
só dez. Então tiraram a sorte para determinar quem seria o último a morrer.
Este, depois de matar o penúltimo, suicidou-se, atirando-se contra uma espada.
Ao fundo o Mar Morto |
Este fato
constitui uma honra para os judeus que consideram mártires os seus compatriotas
que se mataram e por isso o lugar é de veneração. Hoje Massada é um ponto
turístico muito visitado por judeus e peregrinos.
Para chegar
lá, uma autoestrada conduz o visitante de Jerusalém até Jericó e dali em
direção ao sul, sempre margeando o Mar Morto, alcança-se Massada, por estradas
muito boas. Esta mesma estrada leva o visitante até Eilat, a cidade mais
setentrional de Israel, no Mar Vermelho, fronteira com Egito.
Uma das cisternas |
Massada
foi, novamente, povoada no século V, quando cruzados construíram uma igreja no
cimo do monte. Um terremoto destruiu a
igreja, séculos depois. Dali em diante, a cidade entrou em declínio, até 1948,
quando Israel conquistou sua independência. Foram feitas escavações em toda a
área e hoje o turismo é sua fonte principal de renda. O governo dotou o local
de uma boa infra-estrutura com restaurante, lojas e um grande teleférico que
leva em cada viagem 50 a
60 pessoas. É o chamado Parque Nacional de Massada.
Do cimo do Monte Massada
observa-se a muralha que circunda todo o monte, com casas, palácio do Rei
Herodes, ruínas da igreja e imensas cisternas para milhões de litros d’água.
Havia um sistema de recolhimento de água, que funcionava a contento. A visão é deslumbrante: de um lado vê-se o
imenso deserto esbranquiçado e do outro, o Mar Morto a 5 km . Também há um local para
cultos.
O teleférico com a trilha das serpentes |
O visitante pode optar subir ao
monte pelo teleférico, em poucos minutos, ou a pé, subindo os mais de 1000
degraus, por um trajeto chamado “caminho das serpentes”. Para os que têm fôlego
é emocionante subir pelas escadas. Eu preferi apenas descer a pé, em direção ao
Mar Morto, observando a paisagem deslumbrante.
Anualmente é feito um concerto ao pé do monte em pleno
deserto. Neste ano, o concerto foi no dia 13 de outubro e reuniu cerca de 30
mil pessoas
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