segunda-feira, 30 de outubro de 2017

MATHIAS SIMON, SOLDADO DE NAPOLEÃO BONAPARTE


                Um dos  grandes feitos do nosso ancestral alemão Mathias Simon foi servir as tropas de Napoleão Bonaparte, o imperador da França. O testemunho oral de uma senhora, em Santa Cruz do Sul, que conheceu Mathias e que foi transmitido para Pedro Emanuel Simon, nos idos de 1920 foi de que o velho Mathias cantava canções militares em francês e falava das guerras que ele participou em Portugal, Espanha, Áustria, Itália e por fim a invasão russa em 1812.           Nesta invasão, ao todo foram 600 mil soldados recrutados na França e Alemanha, dos quais 200 mil eram dos Estados alemães da Westphália, Hesse, Turíngia, Saxônia, Baden,Würtenberg e Baviera. Um destes soldados foi Mathias Simon.
 
   
Jornalista Camilo Simon em frente a um dos monumentos
 da batalha de Borodino em Moscou
 
              Não é fácil imaginar esta participação deste alemão nas guerras napoleônicas. A realidade foi muito dura como contam os historiadores. A invasão da Rússia por Napoleão foi um dos maiores erros estratégicos do imperador que foi vencido pela astúcia dos russos e pelo inverno. Os russos com uma estratégia de recuar sempre mais em direção a Moscou foram batidos na batalha de Smolenk. Dali até Moscou foi uma passagem triunfal chegando a Moscou em 1812, depois de vencer os russos em outra batalha a de Borodino. Napoleão alojou-se com suas tropas no Kremlin. Na noite de 12 para 13 de setembro de 1812, Napoleão foi acordado e viu Moscou em chamas. A solução encontrada pelos moscovitas para não renderem-se foi atear fogo na cidade, antes de fugirem para o interior do país. Para Napoleão, Moscou era a capital asiática deste grande império, a cidade sagrada do povo de Alexandre o czar russo e o centro religioso da religião ortodoxa.


Museu no local da Batalha de Borodino
                    Já sem víveres e sem poder negociar com o czar russo, Napoleão inicia a retirada para a França com o exército que restou. Na volta, sempre acossado pelos cossacos, a maioria do exército morreu de fome e frio, especialmente na passagem do Rio Berezina, onde a ponte foi queimada pelos russos, obrigando os soldados a atravessar ou de barco a ou a nado, com 18 graus negativos. Na oportunidade além dos 30 mil cavalos que morreram, milhares de soldados não resistiram nas águas geladas. Chegando na região da Letônia, Napoleão abandonou o exército que restou e de trenó voltou às pressas para Paris para reorganizar outro exército de 500 mil homens. Ao final restaram apenas oito mil soldados de um total de 600 mil. Entre os sobreviventes estava Mathias Simon, o valente.
Cama de campanha de Napoleão Bonaparte
              Depois de 178 anos, em 1990, foi com emoção que visitei o local onde desenrolou-se a sangrenta batalha de Borodino, perto de Moscou, onde morreram 100 mil russos e outros 100 mil soldados das tropas de Napoleão Uma verdadeira carnificina. Percorrendo os campos e vales de Borodino, recordei o nosso ancestral que ali viu a morte ao seu lado. Hoje, Borodino é sede de um grande parque onde está instalado um museu com armas da época e com a cama de campanha de Napoleão. Ao longo de todo o campo de batalha, inúmeras homenagens com bustos de heróis russos e com monumentos ressaltando a coragem e a astúcia dos soldados. Sem dúvida estas imagens tétricas ficaram gravadas na memória de Mathias Simon, por toda a vida.
Pintura descrevendo o rigoroso inverno russo

quarta-feira, 25 de outubro de 2017

GLEISON SIMON SOMENSI, O PILOTO DE UM SUBSÔNICO


Você sabe o que é sonhar? Você sabe o que é sonhar alto? Você que já sonhou muito quando criança, vai acompanhar comigo a realização de um sonho de criança, que foi perseguido com afinco por um Simon: Gleison Antônio Simon Somensi, filho de Antonio Somensi e Dirce Maria Simon. Gleison é neto de Henrique Simon, bisneto de Jacob Simon, trineto de Mathias Simon Júnior e tetraneto de Mathias Simon, o imigrante alemão.                                                               

            Gleison nasceu em sete de novembro de 1977 em Seara (SC). Com 12 anos, a família transferiu-se para Itá e ali nasceu o sonho de Gleison em ser aviador. Todo o dia o menino olhava para os céus na busca de algum avião. Seu sonho era de um dia tornar-se piloto militar da Força Aérea Brasileira. Seu sonho era abastecido pelas leituras de revistas sobre aviões, principalmente aviões de combate. Era o despertar de um sonho que iria tornar-se realidade.
Major Gleison Simon Somensi pilotando um subsônico
 

Pois, em 1991, Gleison soube que um contingente da Força Aérea Brasileira, aviões e pessoal, se deslocaram para Chapecó para treinamento e demonstração e Gleison tanto insistiu para os pais que o levaram a conhecer, de perto, os aviões. Era o 1º/10º Grupo de Aviação da Força Aérea Brasileira, um esquadrão de caça com os melhores aviões de caça do Brasil. Gleison encantou-se com o que viu de perto e pela primeira vez pode tocar num avião e sentir que seu sonho poderia ser realizado. Ali Gleison conhece um oficial aviador, com o qual passou a se corresponder e avivar o fogo de sua vocação O oficial passou a dar todas as explicações e dicas para que seu sonho se concretizasse. Ele não poderia imaginar que 12 anos mais tarde, faria parte do mesmo esquadrão de caça o 1º/10º Grupo de Aviação da FAB, sediado em Santa Maria.

Jovem Gleison cantando em festa dos Simon em Itá em 1991
 
 
Naquela noite de 1991, Gleison não podia dormir e ficava se imaginando pilotar um avião de caça tal qual como vira naquela tarde. Daí em diante seus estudos se intensificaram ainda mais visando ao concurso de Admissão ao Curso de Formação de Oficiais Aviadores na Academia da Força Aérea, a única porta de ingresso na carreira de Oficial Aviador. Este concurso selecionava apenas 120 jovens, em nível nacional, em uma prova semelhante a um vestibular. Pois em setembro de 1994, enquanto ainda concluía o 3º ano do ensino médio, prestou o concurso, passando em primeira mão. Em janeiro de 1995 contando apenas 17 anos chegou a AFA (Academia da Força Aérea) localizada em Pirassununga (SP). Seu sonho dera o primeiro passo para a concretização.

A sua turma formou-se em dezembro 1998, após quatro anos de ensino e treinamento. Nesse dia, declarado Aspirante a Oficial Aviador, foi transferido para Natal onde realizou o Curso de Piloto de Caça em aeronave AT-26 Xavante, em jato de treinamento e conversão operacional para a primeira linha da aviação de caça. Ao final de 1999 com mais 21 companheiros seguiu para Fortaleza (CE) para o Curso de Formação de Líderes em Esquadrilha de Caça, por três anos.  No último ano, o curso foi realizado em Natal e dali, em 2003, Gleison seguiu para Santa Maria, ingressando no 1º/10º Grupo de Aviação. Seu sonho transformou-se em realidade concreta. O menino de outrora, torna-se hoje parte de um seleto grupo de brasileiros a operar aviões de caça, na defesa do território brasileiro. Em Santa Maria, Gleison operou em aviões A-1, também conhecidos como AMX, em missões de Caça e Reconhecimento Tático, por quatro anos. No dia 24 de junho de 2016), foi realizada no Destacamento de Controle do Espaço Aéreo de Pirassununga, cerimônia comemorativa ao 57° aniversário de criação do DTCEA-YS e também ocorreu a passagem de Comando do Destacamento, do Major Especialista em Controle de Tráfego Aéreo Bruno Pinto Barbosa ao Major Aviador Gleison Antônio Somensi.

 Gleison cantando na IV SIMONFEST
 em Pinhalzinho em 1992 
Os aviões AMX são tripulados por um piloto. Tem um comprimento de 13,23 metros e as asas com 8,87 metros. Vazio, ele pesa 6.730 quilos e carregado pode alcançar a 10.300 quilos chegando até a 13 mil quilos. Sua velocidade pode alcançar a quase 1.200 km h e pode voar até 13 mil metros de altura, com uma autonomia de voo de 3.300 mil metros. Possui armas como canhões, mísseis, bombas e foguetes. O AMX é um caça de regime alto subsônico. Foi projetado para executar missões principalmente de ataque ao solo. Seu desempenho é muito adequado para o voo à baixa altura (em que voa o mais próximo possível do solo para a detecção de radar). Explica Gleison que “o voo nestas condições exige muita disciplina para que se observem os parâmetros técnicos de operação do avião, já que o limite entre a operação segura e o risco de acidente é muito próximo. No entanto, acidentes normalmente acontecem por um somatório de fatores (humanos, materiais e ambientais) e aprendemos a eliminar um dos fatores antes que o acidente seja consumado”

              Gleison é casado com Andreza e possui três filhos. Sua família participou de encontros da Associação em Itá e em Pinhalzinho na IV SIMONFEST, onde Gleison se apresentou cantando para os parentes. Este Simon constitui um orgulho de toda a grande Família Simon.

 

sexta-feira, 20 de outubro de 2017

MARIA SIMON ESCHER, A MAIOR AVENTUREIRA SIMON


Um dos grandes feitos dos Simon, no século passado, digno de registro  e que demonstra a fibra das mulheres Simon foi Maria Simon, casada com Pedro Fridolino Escher. Maria nasceu na Linha Caraguatá, então município de São Luiz Gonzaga, hoje Cerro Largo, no dia 22 de setembro de 1922. Em 1939, transferiu-se para Alecrim. Tinha então 17 anos. Ali com seus pais e doze irmãos, dedicavam-se ao fumo como principal produto, na roça. E com os seus 21anos, casa-se  com Pedro Fridolino Escher, um moço esbelto de Santo Cristo.
A simpática dona Maria
 
            A vida era na roça, no interior de Alecrim, junto aos peraus do Rio Uruguai. Era uma vida muito difícil. Mas Maria seguiu os passos de sua família paterna, constituindo uma grande família tendo 11 filhos, em vinte anos de casamento.
            No pensamento de Pedro e Maria um sonho começou a projetar-se: a transferência da família para o Paraná. Nas décadas de 1960 e 1970, a leva de gaúchos ao Paraná e Mato Grosso foi muito grande. Mas a família tinha poucas posses. Então veio a decisão: iriam de carroça, de Alecrim até Medianeira, no Paraná, logo após a fronteira com Santa Catarina.
Dona Maria em sua casa recebendo parentes
 
            Feitos os preparativos e depois da venda da terra, a família com 11 filhos inicia a longa viagem de um mês, atravessando todo o noroeste do Rio Grande do Sul, por Santa Rosa, Tucunduva, Horizontina, Três Passos, passando de balsa o Rio Uruguai e seguindo o trajeto rumo ao Paraná, atravessando, de sul a norte, toda Santa Catarina. Conta Maria, que as crianças viajavam na carroça e os maiores e os pais caminhavam a pé. Levavam ainda uma vaca, uma junta de bois, um cavalo, ferramentas, pertences da família, um fogão e comida suficiente para o longo trajeto. Durante a espinhosa viagem acontece o inesperado: a vaca deu cria e a caravana estacionou por um dia. No outro, o terneirinho viajou na carroça e a mãe atrás do filhote.
            O Paraná, naquela época, era a terra da promissão e à espera de mão de obra para a derrubada de mato virgem. Pedro e Maria com os filhos se estabeleceram na Linha Boa Vista, no município de hoje Serranópolis. Na época pertencia a Medianeira.
 
 
Dona Maria no Encontro dos Simon em Foz do Iguaçu
 
            A família adquiriu terras produtivas. Os primeiros anos foram de grandes dificuldades, pois o sustento da família vinha da derrubada da mata virgem cujas toras eram vendidas na serraria local de Lúcio Coito. Plantava-se mandioca e milho e ali a família permaneceu até os dias de hoje.
            Em 1962, foi organizada uma festa na comunidade de Boa Vista para arrecadação de recursos para construir a igreja. Dois anos depois houve a inauguração com outra grande festa. O primeiro boteco na vila surgiu em 1961, seguido de escola, farmácia, mercearia. A vida corria tranquila e a população reunia-se aos domingos para jogar bocha, futebol e participava dos bailes. Em 1978, a localidade possuía 250 famílias. Dali em diante entrou em declínio a ponto de, passados 30 anos, em 2005 apenas restava a igreja, o salão de baile, o campo de futebol e o cemitério. Os colonos, na sua maioria foram para as cidades próximas.
 
Um dos bordados na parede da cozinha de Dona Maria
             Porém Maria, em 2005, com mais de 80 anos, ainda residia com uma de suas filhas, no mesmo local. Maria tinha, então, 10 filhos, 31 netos e 17 bisnetos. A veneranda veio a falecer somente no ano de 2012.
            Este é um dos exemplos dos milhares de parentes que foram tentar nova vida no Paraná, Mato Grosso e outros Estados. Hoje os Simon estão em 17 estados da Federação.
            Desta forma, os Simon ajudaram na colonização do oeste paranaense e contribuíram com seu trabalho no desenvolvimento de um dos melhores Estados brasileiros.

terça-feira, 17 de outubro de 2017

UMA FREIRA SIMON VESTIDA DE ANJO


Ir. Edgara no encontro dos Simon
 em Porto Alegre

                Se existe um anjo da guarda que tem sobrenome Simon esse anjo chama-se Ir. Edgara. Por isso se você ao adoecer e no silêncio da noite em uma cama de hospital sentir um farfalhar de asas e um calor humano perto do seu leito, fique frio e tenha certeza, este anjo é um anjo Simon. E quem disse que um ser humano não pode transformar-se em um anjo de verdade?

Ir. Edgara
              Em nossa família temos muitos heróis anônimos que devotaram suas vidas em favor de outros, sem nunca terem aparecido em capas de jornais e TVs. Porém, dificilmente iremos ultrapassar a tenacidade, o desprendimento, a abnegação de uma Ir. Edgara, uma guerreira na luta contra as doenças e uma fortaleza na doação ao próximo. Imaginem: foram 60 anos de dedicação diária aos mais necessitados, aos mais desamparados doentes em vários hospitais do Rio Grande do Sul. Uma vida inteira dedicada aos mais fracos e frágeis, e sempre com um sorriso no rosto, um olhar de esperança, uma palavra de conforto, ora ajeitando o travesseiro do doente, ora dando comida na boca, ora trocando fraldas. Mas quem é esta mulher forte, que merece um lugar de destaque no panteão dos Simon?

                Maria Margarida Simon (Ir. Edgara) este era seu nome de batismo, nasceu no dia 29 de janeiro de 1894, em São Benedito, município de Montenegro. Os pais Jacob Simon e Ana Maria Backes a educaram nos princípios cristãos. Maria Margarida era neta de Mathias Simon Júnior e bisneta do imigrante alemão Mathias Simon. Conta Ir. Edgara que conheceu pessoalmente o seu avô Mathias Simon Júnior. Com quatro anos foi visitar o avô na Capela do Rosário em São José do Hortêncio. "Era um velhinho muito alegre e com barba. À noite, o velhinho reunia os netos e contava histórias. E os netos brigavam para lavar os pés do avô, como era o costume na época. Ele morava numa casa grande de pedra, sendo que a casa era rodeada de flores. E o vovô Mathias sentava numa cadeira de balanço e contava histórias para todos os netos presentes".


Ir. Edgara com parentes Simon
            Cedo Maria Margarida despertou para a vocação religiosa. Aos 17 anos deixou a casa paterna e foi para a Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre, para trabalhar como enfermeira. Três anos depois, com 20 anos entrou para o Convento São José em São Leopoldo. Depois de receber os votos reiniciou sua atividade como enfermeira, por 60 anos em diversas cidades gaúchas como Santa Rosa, Santa Maria, Passo Fundo, Tupandi, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre, Santa Maria e São Leopoldo. Foi a construtora de hospitais nas cidades de Tupandi, Santa Rosa e Passo Fundo. Depois de trabalhar por 60 anos em hospitais junto aos doentes, foi descansar no Orfanato da Piedade em Porto Alegre e posteriormente na Pia Instituição Chaves Barcelos, na mesma Capital. Em novembro de 1985, Deus a chama para gozar das delícias eternas com 89 anos, dos quais mais de 60 dedicados aos doentes.
                Que exemplo! Que abnegação!. Que renúncia! Os Simon têm uma santa no céu a interceder por nós. Santa Edgara, rogai por nós!

quinta-feira, 12 de outubro de 2017

ADRIANA SIMON MISS ATLÂNTICO SUL EM 1986


              Não é de hoje que a beleza da mulher Simon se destaca em todas as cidades. Por exemplo, em todas as festas de família sempre foi uma dificuldade a escolha da rainha dos Simon. Em 1986 aconteceu algo inédito na história da família Simon. Uma Simon foi escolhida como Miss Atlântico Sul, o que seria hoje uma edição de Miss Rio Grande do Sul.
Adriana no desfile

             Adriana Simon, nascida em Sobradinho, tinha 22 anos. É filha de Orlando Simon e Zitha Vardanenga. Neta de João Paulino Simon, bisneta de José Simon, trineta de Mathias Simon Júnior e tetraneta de Mathias Simon­­, o imigrante alemão. Adriana vivia sua vida pacata em Porto Alegre e veraneava na Praia do Barco. Foi então que no verão de 1986 algo aconteceu em sua vida mudando-a radicalmente. Vejamos o que ela disse na época sobre sua escolha como Miss Atlântico Sul:
Adriana desfilando na rua em carro aberto

           “O meu título foi fruto não só da beleza, mas também da força de vontade e do elã de vencer  que caracteriza a família Simon. Normalmente nós veraneávamos na praia do Barco, onde temos uma casa, mas no verão  de 1986 eu veraneava na casa da família do meu namorado em Xangrilá. Numa tarde quando estava à beira-mar  vendo meu namorado surfar, fui abordada por um casal de diretores do Clube Xangrilá que me observavam e acharam que eu tinha condições de representar a praia de Xangrilá no Concurso Miss Atlântico Sul. Honrada por esse convite, aceitei. Embora os obstáculos surgidos e as divergências de opiniões, eu estava decidida a levantar este título para a família e por isso, com o apoio de meus pais, de minha irmã e de meu namorado fui à luta e cheguei ao grande dia, no dia 15 de fevereiro de 1986 que iniciou com um desfile em carro aberto, pelas ruas de Tramandaí, onde fui aclamada nas ruas como vencedora, pela população em geral, inclusive crianças que gritavam meu nome. Isto foi um  estímulo para mim. Éramos em número de 40 candidatas, com representações de Santa Catarina, Paraná e o nosso Rio Grande, todas meninas lindas e com grandes chances de vencer. Ao iniciar o desfile no Ginásio Elói Brás Sessin, centro de cultura e de lazer de Tramandaí, totalmente lotado com torcidas organizadas  das praias concorrentes, o nervosismo tomou conta das candidatas, mas o calor da torcida nos tornava mais confiantes. Para mim o desfile de passarela foi fácil pois tinha experiência como manequim em Pelotas. Eu fui a primeira a ser chamada entre as vinte finalistas, o que me deixou mais aliviada. Mas na hora da escolha final  quando as duas princesas foram chamadas e o apresentador começou a fazer suspense sobre o nome da candidata vencedora a miss, meu coração disparava, pois além de mim havia muitas meninas com reais chances de serem vencedoras. Mas para minha alegria e depois de muito suspense ele gritou: Adriana  Simon, da Praia de Xangrilá é a Miss  Atlântico Sul 1986! Levei um susto e logo me recuperei para receber a faixa e as glórias de um ginásio inteiro que vibrava com a nova Miss. Este instante de emoção e alegria indescritível ficará impresso em mim durante toda minha vida. Alegria não menor foi também na entrega das chaves do chevette luxo, zero quilômetro, entregue pelo diretor da Osauto/Chevrolet de Osório. Assim, além do trabalho, do caráter, da inteligência, a família Simon traz também a beleza e a graça de seus filhos e filhas”
Adriana na Zero Hora em 1986


              Este é o relato de Adriana que não contou o sofrimento e o choro dos pais e do casal que a convidou, pois num ginásio de esportes quando tudo vinha abaixo, com torcidas organizadas, com faixas e cartazes, apenas quatro a cinco pessoas torciam pela Adriana, que de um dia para outro foi guindada a Miss Atlântico Sul um título que ficará na história dos Simon. Parabéns!

 

quarta-feira, 11 de outubro de 2017

PEDRO EMANUEL SIMON , O PEQUISADOR DA GENEALOGIA DOS SIMON


                        A importância de Pedro Emanuel Simon para este momento que você está lendo é a seguinte: se não tivesse existido este homen, você certamente não estaria lendo este artigo. Mas quem foi Pedro Emanuel Simon?





Pedro Emanuel Simon
                        Antes de mais nada foi um dos homens de cepa - como diz o gaúcho- de valor de sobrenome Simon. Um homem da gema, um homem que viveu sua infância e adolescência na Casa dos Simon, um homem de múltiplas facetas, que você que pertence à grande família Simon deveria orgulhar-se de ser da mesma estirpe de Pedro Emanuel.

                      Ele nasceu no século XIX, precisamente no dia 28 de fevereiro de 1888 - ano da abolição da Escravatura no Brasil, na casa paterna, na Capela N. Sra. do Rosário, em São José do Hortêncio, entre os municípios de Feliz, S. Sebastião do Cai, Linha Nova e Lindolfo Collor. Em 26 de janeiro de 1909, com 21 anos, Pedro Emanuel casa-se com a primeira esposa Catarina Regina Breitenbach tendo os seguintes filhos: Maria Octavilina, Agostinho Lothário, Maria Cordélia, André José, João Amadeu e Maria Theresa. Com a segunda esposa Maria Ferreira da Silva teve os seguintes filhos: Saul, Paula e Maria.  Apesar de ter nascido no século XIX sempre foi um homem avançado para o seu tempo. São suas estas palavras: “Conhecendo o passado, podemos corrigir os erros e viver melhor”. Até os 14 anos somente falava alemão. Suas leituras eram à noite à luz de velas no sótão do casarão do seu pai José Simon e Catarina Steffens.
 

O regente Pedro Emanuel com seus filhos numa banda



                          Pedro Emanuel era um homem tremendamente sensível. No seu lar na Av. Bagé 484, em Porto Alegre, onde viveu os últimos 50 anos, exerceu a profissão de dentista e era funcionário aposentado da Prefeitura de Porto Alegre.  As portas de sua casa estavam sempre abertas. Quantos parentes do interior do Estado se hospedaram em sua casa! Seu sonho era congregar toda a grande família Simon em uma organização familiar. E para tanto, atirou-se à procura dos parentes no interior do Estado, visitando-os de casa em casa, chegando até os confins de Pirapó, às margens do Rio Uruguai. E os dados genealógicos foram aparecendo. Visitava cemitérios de municípios onde residiam os Simon e era assíduo freqüentador do arquivo do Arcebispado de Porto Alegre. Como se não bastasse centenas de cartas foram expedidas a parentes do interior do Estado, solicitando informações genealógicas. Pedro Emanuel iniciou a genealogia nos anos 1940 e pesquisou até sua morte em 1966. A ele devemos todos os dados iniciais desta grande família.

                         O nosso patriarca era uma pessoa inteligente, autodidata, estudioso de línguas, pois falava o alemão, inglês, francês, espanhol, esperanto, além do português. Entendia ainda latim e grego. Para marcar sua grandiosidade de alma, era professor de esperanto, a língua universal.

                         Outro detalhe: como a maioria dos Simon, era músico. Tocava órgão, violino, violão, acordeon e diversos instrumentos de sopro. Gostava de cantar. Era maestro de diversos corais. Em 1945 era organista da paróquia de Guaiba e ao mesmo tempo maestro de um coro a quatro vozes. Além disso, era compositor e fazia arranjos musicais.
Pedro Emanuel nos últimos anos
 de sua vida
Nosso parente foi professor de escolas rurais em Colônia da Palma, no interior de Três de Maio. Ali em uma foto histórica Pedro pousou com seus alunos para a posteridade. E no quadro negro deixou escrito: “A felicidade dos povos e a tranqüilidade dos Estados dependem da educação da mocidade. 20a Aula da Colônia da Palma, 11 de julho de 1918”.

              Era um  homem probo. Não fumava. Não bebia e tinha aversão a qualquer tipo de jogo, que considerava “coisa do diabo”. Em matéria de meio ambiente era um homem muitos anos à frente dos demais de sua época. Era adepto da alimentação natural e de curas por ervas medicinais. Não comia carnes vermelhas e não  colocava adubos químicos  na horta. Enterrava todo o lixo degradável para obter adubo orgânico.

             Era um homem respeitador das individualidades das pessoas, até dos filhos. Sua filha Paula Simon Ribeiro conta que o pai jamais bateu em algum filho e também não dava ordens. Quando queria alguma coisa pedia: - “Filha, faz o favor de buscar meus chinelos”. Se alguma travessura exigia algum castigo, colocava os filhos sentados junto ao gabinete dentário com um livro ou uma revista nas mãos, para ler. Santo castigo!
                    Vítima de um atropelamento de automóvel, faleceu a 13 de outubro de 1966 em Porto Alegre.

sexta-feira, 6 de outubro de 2017

NENÊ SIMON MULER A CAMPEÃ DE TÊNIS MASTER NACIONAL


Uma das mulheres Simon mais entusiastas e vibrantes que conhecemos foi Nenê Simon. Filha de Jacob Simon e Emília Tchiedel, nasceu em Carazinho no dia 23 de abril de 1915 e faleceu em setembro de 1989 em Porto Alegre. Foi casada com João Alfredo Müller, sempre residindo em Cachoeira do Sul. Seu nome completo: Hermínia Clara Simon Müller, e seu apelido: Nenê.

Nenê (ao meio) no dia da fundação da Associação em Cachoeira do Sul
            Nenê, com 22 anos, saiu de Carazinho e foi residir em Cachoeira do Sul, onde realizou seu sonho de vida. Desde os 15 anos jogava tênis, mas foi na Sociedade Rio Branco, que por três décadas Nenê brilhou, como uma estrela, de forma intensa, toda a sua luz. Em 1945 classificou-se como campeã invicta no Cachoeira Tênis Clube. No ano seguinte foi a segunda tenista do Estado. O seu primeiro título estadual foi em 1954. A partir daí foi campeã estadual por várias vezes, campeã nacional e até no exterior  participou por várias vezes. Nos campeonatos brasileiros de Tênis Master foi campeã de duplas em 1954 com Carmem Paz e depois em 1975 com Magali Alves. Em 1956 participou no torneio em Montevidéu, sagrando-se campeã. A partir de 1960, Nenê passou a liderar a Escolinha de Tênis de Cachoeira do Sul, brilhando através de seus alunos com vários campeões. Em 1978 participou de campeonato mundial de Master de Tênis em Baden-Baden, na Alemanha. Posteriormente participou de outro campeonato na França e em Ancona na Itália. O último título foi em 1985 em Santa Maria, quando foi campeã de Masters de Tênis. 
Nenê com alunas em Cachoeira do Sul
 Outra paixão era ser cronista social. Por mais de duas décadas foi cronista social de vários jornais tendo sempre liderando grandes festas e escolha de rainhas. Seus companheiros da época não se cansam de elogiar o trabalho e o caráter de Nenê. Rui Roberto Felten, seu colega no Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul escreveu: “Foi uma figura que jamais passou desapercebida onde passasse. Falava alto. Tinha sempre incontáveis compromissos E achava tempo para tudo o que inventava e para o que lhe pedissem mais”.  Ao comentar seu desempenho no tênis, disse o jornalista: “Que mulher fantástica. Fronteiras nunca existiram para ela. Nenê Müller é daquelas pessoas em que a juventude faz moradia sempre”. E termina: “É impossível ter convivido com Nenê sem admirá-la. Não tinha defeitos? Poderão perguntar. Com certeza os tinha porque era gente e gente sempre os terão. Mas acho que conto nos dedos as pessoas que conheci até hoje, com tantas qualidades. E a mais grandiosa delas é justamente ter sido da maior autenticidade. Grande Nenê Müller”.

Nenê participando da fundação da Associação da Família Simon em Porto Alegre
             Nenê também era uma integrante ativa da Associação da Família Simon e Afins desde o primeiro encontro em Porto Alegre em 1977, ajudando a fundar a Associação da Família Simon e Afins. A partir daí, foi uma ativa militante, tendo criado a Associação da Família Simon e Afins de Cachoeira do Sul, sendo a primeira presidente. Nenê era irmã do jornalista e técnico em comunicação Homero Simon. Parabéns Nenê! Agora continua jogando tênis nas paragens celestiais!

 

quarta-feira, 4 de outubro de 2017

WILIBALDO SIMON, UM DOS PIONEIROS DE HUMAITÁ


              Na história da família Simon são muitos os desbravadores e pioneiros que lutaram para domar a floresta e cultivar a terra benfazeja, no interior do Rio Grande do Sul. Um deles foi Wilibaldo Simon, de Humaitá. Seus avós eram Mathias Simon e Regina Ramme; seus bisavós: Miguel Simon e Johana Scherer e seus trisavós, Mathias Simon e Margarida Wurst, o casal migrante da Alemanha. Nosso personagem nasceu no dia 17 de agosto de 1914, em Passo das Antas, Montenegro. Com dois anos, transferiu-se com seus pais Jacob e Ana Catharina Rauber para a Linha Bela Vista, em Selbach. Conta Wilibaldo que foram anos muito difíceis para toda a família. A derrubada de frondosas árvores, as queimadas e o plantio do primeiro pé de feijão. Se não fosse a caça e a pesca, dificilmente, teriam sobrevivido.


Wilibaldo em 1982
            Uma das dificuldades era o fato de ir ao moinho na Linha Teutônia, perto de Tapera. A cavalo, Wilibaldo vencia as distâncias, levando sacos de trigo ou milho, produzidos com sacrifício na propriedade e trazendo farinha para a família. Já quando a família precisava de outras mercadorias industrializadas como arame, sacos de aniagem e alimentos, a vila de Boa Esperança (Colorado) era o local mais perto. Sempre a cavalo, percorria cerca de 25 kms de ida e mais a volta. Haja sacrifício!

            A família de Jacob Simon foi uma das primeiras a chegar a Bela Vista, onde tudo era mato, com muitos pinheiros. Seus vizinhos eram as famílias de Jacó Krist, Pedro Schefer e Leopoldo Simon. Relata Wilibaldo que a primeira coisa feita na propriedade foi desmatar a floresta até então virgem para o plantio de feijão, milho, arroz e mandioca. Tudo para a criação de suínos e para o gado, ou seja, uma vaca, cavalos e uma junta de bois para lavrar a terra. Um dos acontecimentos marcantes, naquela época, era a colheita de pinhão. O pai de Wilibaldo era tão eficiente que trepava nos pinheiros com muita facilidade e lá do alto derrubava as pinhas com uma vara. Numa ocasião, desafortunadamente, Jacob caiu do pinheiro, quebrando algumas costelas. A solução foi levá-lo, de carroça a Tapera no famoso Hospital Dr. Steffens. Imaginemos como foi dolorosa esta viagem, por mais de 20 kms, com costelas quebradas. 

            Mas já estava na hora de contrair matrimônio e com 23 anos Wilibaldo casa-se com Otília Kunrat, em 1º de maio de 1937. Como o pai Jacob mudara de residência para o interior de Humaitá, então distrito de Palmeira das Missões, Wilibaldo resolve também partir para novas terras. Como não havia estradas entre Selbach e Humaitá, a carroça era o meio de locomoção da nova família e Wilibaldo ia abrindo estradas com foice e facão, para a carroça passar. Foi uma longa e cansativa viagem. O casal teve nove filhos: Ilga, Leonilda, Úrsula, Lori, Olavo, Roque, Teresinha João e Luis.
Ana Catharina, mãe de Wilibaldo em 1982
              Lembra Wilibaldo que também em Humaitá era tudo mato, mas era muito gostoso de viver, pois além das lides na roça, havia ainda muitos animais selvagens como  onças, veados, antas e outros bichos.  As caçadas eram memoráveis.

             Em 1948 deixa a roça e fixa residência na vila onde abre uma selaria para atendimento dos fregueses. Na época, o meio principal de transporte era a carroça e o cavalo. Somente muitos anos depois, surgiram os primeiros caminhões e ônibus. Wilibaldo torna-se um dos líderes da comunidade e por isso mesmo participante ativo de todas as iniciativas da comunidade. Duas grandes obras, Wilibaldo participou como trabalhador braçal: a construção do colégio das freiras onde seus filhos estudaram e em 1950, a igreja matriz, ponto de encontro de sua religião, a católica.

Familiares de Wilibaldo
Wilibaldo e família sempre compareceram aos encontros dos Simon. Em 1982 foi realizado o primeiro em Humaitá e em 2005, o segundo. Depois foi a vez de participarem da  VI SIMONFEST, em Boa Vista do Buricá.  O filho Luiz Simon é o agente da Associação naquele município. Parabéns a toda a família Simon de Humaitá.

segunda-feira, 2 de outubro de 2017

DOM ERCÍLIO SIMON, PRIMEIRO BISPO DA FAMÍLIA

              Pedro Ercílio Simon vai ficar na história como o primeiro bispo da família Simon, da Igreja católica. É um fato inédito nestes 188 anos dos Simon no Brasil. A família tem uma tradição religiosa muito grande a ponto de ter vários sacerdotes e religiosas.

Dom Ercílio, arcebispo emérito de Passo Fundo
 
                  O primeiro bispo nasceu em Ibiaçá (RS) no dia 9 de setembro de 1941, mas criou-se em Sertão (RS). É o oitavo filho de João Alfredo Simon e Amélia Basso, num total de 12 filhos. Trineto de Mathias Simon. Desde cedo manifestou sua vocação para o sacerdócio. Com 10 anos foi para o Seminário de Tapera, depois, Erexim. Os estudos filosóficos e teológicos foram completados no Seminário Maior de Viamão, tendo-se ordenado sacerdote no dia 12 de dezembro de 1965 em Santo Ângelo, juntamente com o mano Irineu. Exerceu o sacerdócio na diocese de Passo Fundo. De 1983 a 1985 cursou em Roma a Teologia Dogmática. Em setembro de 1990 foi nomeado pelo Papa João Paulo II como bispo auxiliar de Cruz Alta, sendo sagrado bispo a 30 de dezembro do mesmo ano. De julho de 1995 a 17 de novembro de 1998 foi bispo titular de Uruguaiana, quando foi transferido para Passo Fundo, tomando posse como titular em março de 1999. Em 2000 foi eleito bispo titular da diocese de Passo Fundo. Em 2011 foi guindado a arcebispo da Arquidiocese de Passo Fundo, nomeado pelo papa Bento XVI. Em 2012 renunciou por motivo de doença. Hoje vive como arcebispo emérito na casa do bispo em Passo Fundo.

Dom Ercílio em entrevista à imprensa
             Durante sua trajetória, entre formador dos seminaristas, animador vocacional e coordenador de pastoral, dom Ercílio cursou, a pedido de dom Cláudio Colling, agronomia, a fim de garantir uma presença qualificada no meio rural. “Eu costumo dizer que plantei o diploma de agrônomo e ele não brotou”, brinca o arcebispo emérito. Além de fundador e professor do Instituto de Teologia e Pastoral – ITEPA, dom Ercílio é um dos responsáveis pelo início da Romaria de Nossa Senhora Aparecida, que começou em 1980, quando ele residida no Seminário. “Nunca neguei nada na vida. Todos os pedidos que me fizeram, sempre aceitei”, aponta Afirmando que agradece a Deus por ter tido a coragem que precisava para renunciar quando a saúde já não lhe permitia continuar. O arcebispo olha com carinho o caminho percorrido. “Sonho com o mundo em que não haverá mais choro, nem haverá mais sofrimentos e a morte será vencida. Espero ser recebido pelos milhares de irmãos e irmãs que batizei nestes 50 anos de sacerdócio e pelo exército de mais de 100 mil pessoas que crismei nos 25 anos como bispo”, finaliza dom Pedro Ercílio Simon.
              O que significa ser bispo?  Ercílio exerceu a função de bispo em uma diocese de 12.300 km2, com 463 mil habitantes, sendo a maioria católicos. São 54 paróquias e 843 comunidades. Isto significa que tem um poder espiritual sobre os católicos da sua diocese. A ele compete seguir a orientação da Igreja Católica, ditada pelos evangelhos de Jesus Cristo e pela Igreja. Por isso ele deve impulsionar a religião estimulando a vivência evangélica em todos os setores da sociedade.


Dom Ercílio celebrando a missa na
 IV SIMONFEST em Pinhalzinho
 
            Entre as qualidades de Dom Ercílio destaca-se além de sua espiritualidade, essencial para exercer o papel de bispo, a facilidade que tem em apoiar as pastorais da diocese. Junto com outros membros da Pastoral saem as diretrizes para toda a diocese. Por isso o bispo é o Pastor que conhece as deficiências, os problemas e dificuldades do seu rebanho de pessoas. É grande amigo dos padres e religiosos.
            Dom Ercílio sempre foi grande estimulador da sua família liderando encontros e reuniões com irmãos, sobrinhos e sobrinhas. Participou de todas as festas nacionais dos Simon, estando presente nas grandes decisões Em 2015, celebrou juntamente com seu irmão Pe. Irineio, os 50 anos de sacerdócio e 25 anos como bispo.

Dom Ercílio com irmãos e irmãs
                   É difícil quantificar o bem que um bispo realiza durante sua vida, mas sua trajetória ultrapassa os anos e decênios. Por isso temos o privilégio de termos um bispo na grande Família Simon.