Uma
das mulheres Simon mais entusiastas e vibrantes que conhecemos foi Nenê Simon.
Filha de Jacob Simon e Emília Tchiedel, nasceu em Carazinho no dia 23 de abril
de 1915 e faleceu em setembro de 1989 em Porto Alegre. Foi casada com João
Alfredo Müller, sempre residindo em Cachoeira do Sul. Seu nome completo:
Hermínia Clara Simon Müller, e seu apelido: Nenê.
Nenê (ao meio) no dia da fundação da Associação em Cachoeira do Sul |
Nenê, com 22 anos, saiu de Carazinho
e foi residir em Cachoeira do Sul, onde realizou seu sonho de vida. Desde os 15
anos jogava tênis, mas foi na Sociedade Rio Branco, que por três décadas Nenê
brilhou, como uma estrela, de forma intensa, toda a sua luz. Em 1945
classificou-se como campeã invicta no Cachoeira Tênis Clube. No ano seguinte
foi a segunda tenista do Estado. O seu primeiro título estadual foi em 1954. A
partir daí foi campeã estadual por várias vezes, campeã nacional e até no
exterior participou por várias vezes.
Nos campeonatos brasileiros de Tênis Master foi campeã de duplas em 1954 com Carmem Paz e
depois em 1975 com Magali Alves. Em 1956 participou no torneio em Montevidéu,
sagrando-se campeã. A partir de 1960, Nenê passou a liderar a Escolinha de
Tênis de Cachoeira do Sul, brilhando através de seus alunos com vários
campeões. Em 1978 participou de campeonato mundial de Master de Tênis em
Baden-Baden, na Alemanha. Posteriormente participou de outro campeonato na
França e em Ancona na Itália. O último título foi em 1985 em Santa Maria,
quando foi campeã de Masters de Tênis.
Nenê com alunas em Cachoeira do Sul |
Outra paixão era ser cronista
social. Por mais de duas décadas foi cronista social de vários jornais tendo
sempre liderando grandes festas e escolha de rainhas. Seus companheiros da
época não se cansam de elogiar o trabalho e o caráter de Nenê. Rui Roberto
Felten, seu colega no Jornal do Povo, de Cachoeira do Sul escreveu: “Foi uma
figura que jamais passou desapercebida onde passasse. Falava alto. Tinha sempre
incontáveis compromissos E achava tempo para tudo o que inventava e para o que
lhe pedissem mais”. Ao comentar seu
desempenho no tênis, disse o jornalista: “Que mulher fantástica. Fronteiras
nunca existiram para ela. Nenê Müller é daquelas pessoas em que a juventude faz
moradia sempre”. E termina: “É impossível ter convivido com Nenê sem admirá-la.
Não tinha defeitos? Poderão perguntar. Com certeza os tinha porque era gente e
gente sempre os terão. Mas acho que conto nos dedos as pessoas que conheci até
hoje, com tantas qualidades. E a mais grandiosa delas é justamente ter sido da
maior autenticidade. Grande Nenê Müller”.
Nenê também era uma integrante ativa da
Associação da Família Simon e Afins desde o primeiro encontro em Porto Alegre
em 1977, ajudando a fundar a Associação da Família Simon e Afins. A partir daí,
foi uma ativa militante, tendo criado a Associação da Família Simon e Afins de
Cachoeira do Sul, sendo a primeira presidente. Nenê era irmã do jornalista e
técnico em comunicação Homero Simon. Parabéns Nenê! Agora continua jogando
tênis nas paragens celestiais!
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