segunda-feira, 27 de novembro de 2017

CIRIO SIMON, O MAIOR PINTOR DA FAMÍLIA






Uma das mais brilhantes figuras da constelação dos Simon, sem dúvida, é o professor e pintor Círio Simon. Nascido em 16 de setembro de 1936 em Linha Mirim do Maneador, então distrito de Passo Fundo e hoje distrito de Sarandi, descendente do oitavo filho de Mathias Simon. Círio é o primogênito do casal José Liell Simon e Lucila Klein Talheimer. Desde os primeiros passos teve uma profunda influência do pai que também era seu professor e por isso fez o primário na Escola Municipal de São José do Maneador. Em Carazinho, cursou o ginásio, transferindo-se para Canoas onde entrou na Sociedade Porvir Científico e ali cursou o normal. Em 1958 ingressa no Instituto de Artes da UFRGS e ao mesmo tempo foi professor alfabetizador dos operários da Fábrica Brahma em Porto Alegre, trabalhando como voluntário.
O pintor Círio Simon
 
           Mas Círio estava insatisfeito. Queria mais. Seu sonho era ser artista plástico. Para isso, realizou o Curso de Artes Plásticas no antigo Instituto de Belas Artes do Rio Grande do Sul, sendo orientado, entre 1958 e 1962, pela legendária equipe da época, como Aldo Malagoli, Luis Fernando Corona, Ângelo Guido, Aldo Locatelli, Iberê Camargo, e Rose Lutzenberger e convivendo com colegas que mantinham a mesma aspiração. Mas a vontade de ser artista plástico teve de ser superada pela atividade docente, que três gerações da sua família já haviam exercido. Frequentou a Licenciatura de Desenho da Faculdade de Filosofia da UFRGS, onde encontrou a confluência de todos o cursos de graduação e a elite dos seus estudantes e docentes. Formou-se em 1964. Atuou, até 1985, em salas de aulas populares e da periferia ao longo dos anos de chumbo. Além de ganhar o seu pão e da sua família, fez uma legião de amigos entre os docentes e os estudantes nos colégios São João, Cândido Godói, Luis Dourado, São Judas, Champagnat, José Mesquita e Rosário. Acompanhou os seus colegas de graduação atuando como docente na FEEVALE e Faculdade Palestrina. Para dar suporte a essa atuação cursou a Especialização em Ensino Superior e depois o mestrado em Método em Técnicas de Ensino.  
       
Pintura da chegada de Mathias Simon a S. Leopoldo em 1829.
 Autoria de Cirio Simon



Em 1985 começou a se dedicar exclusivamente à docência atuando na Faculdade de Arquitetura e na FABICO, lotado e lecionando no Departamento de Artes do IA além da vida sindical na ADUFRGS. A partir de 1995 seguiu o programa de Doutoramento em História na PUC-RS para atender as exigências que essa escolha lhe valeu.
 

Círio e esposa em 1991

 




           Círio tem uma imensa produção artística e intelectual com murais públicos e  monumentais em cimento, em acrílico e a óleo. Suas pinturas estão em colégios, igrejas, instituições públicas e privadas. Uma de suas realizações foi trabalhar como auxiliar do mestre Locatelli na pintura da Catedral de Novo Hamburgo.
                  Seus cinco livros são dedicados à arte, artigos em revistas nacionais, apostilas e palestras, bem como projetos de pesquisas. Ao defender a sua tese, em 2002, ele esperava dedicar o resto de sua vida às atividades de pesquisa e de docência em grandes turmas, mas foi surpreendido ao ser escolhido para assumir a tarefa de diretor do Instituto de Artes da UFRGS, posição que levou à sua aposentadoria compulsória em 2006. Nessa seqüência de vontades contrariadas, esqueceu de fazer uma carreira própria, nem teve tempo para procurar prêmios ou atravessar o Atlântico, o Equador, muito menos o Pacífico. Seus prêmios são os seus amigos e as suas viagens consistem na fidelidade à sua terra natal. Quem entrar na Capela da Linha Mirim no interior de Sarandi, lá verá uma de suas obras de arte, fruto de seu amor à terra natal.No entanto, tudo o que escrevemos aqui ainda é pouco para expressar quem realmente é Círio Simon. Casado com Marília Vaz da Costa tem dois filhos Déborah Simone e Círio José. Apesar de estar imerso na sua vida intelectual, Círio sempre foi um entusiasta pela sua família, pelas origens e pelos seus antepassados. Desde o primeiro Encontro dos Simon em Porto Alegre, em 1977, Círio é ativo participante da família, tendo participado de diversas diretorias, bem como de seus encontros e de suas festas. É dele a autoria do quadro da primeira alegoria da “Chegada de Mathias Simon a São Leopoldo”. Não contente com isso, realizou outras pinturas alusivas ao mesmo tema, bem como da chegada de Mathias Simon à Capela do Rosário, onde Mathias Simon plantou suas raízes familiares em 1829.
 
O casal Círio e Marília em 1978 no encontro dos Simon
 
                Para uma visão geral de seu trabalho é interessante acessar seus blogs, onde escreve diariamente. Um deles é dedicado à Família Simon, sob o endereço: Mathiassimon.blogspot.com. Círio faz análises históricas, filosóficas e circunstanciais, provando a participação dos Simon na vida dos gaúchos 





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