terça-feira, 27 de junho de 2017

FUNDAÇÃO DA ASSOCIAÇÃO DA FAMÍLIA SIMON E AFINS


Após receber as fichas da pesquisa efetuada por Pedro Emanuel Simon em 1976, durante quase dois anos fui colocando em ordem, família por família. Ainda assim restaram umas 100 fichas desconhecidas, pois Pedro Emanuel, ao mesmo tempo, fazia outras pesquisas genealógicas. Era necessário dividir esta alegria com mais membros da família Simon. Todas elas tinham direito de saber sua origem, suas raízes. Isto era pacífico para mim. Por isso, elaborei um quadro, de dois metros de altura por um metro de largura e ali escrevi, à mão, todas as famílias, a partir de Mathias Simon, com seus 10 filhos. Foi a única maneira que idealizei para pesquisar uma família, quando era abordado por outros parentes. Ali foram colocados os netos e bisnetos, dentro dos troncos familiares.
Depois de solicitar sugestões para vários parentes de Porto Alegre e interior, fixei a data de 16 de outubro de 1977 para a realização do 1° Encontro dos Simon no Brasil no salão paroquial da  igreja São Pedro. Os parentes em número de 11, foram chegando e todos convergiam para o quadro para saber o grau de parentesco. Eram parentes de Pelotas, Montenegro, Tapera, Carazinho, Novo Hamburgo, Porto Alegre, Guaiba, Canoas, Caxias do Sul  entre outras cidades. Foi emoção e mais emoção. Muitos choravam. Houve reconciliações de irmãos e de primos. Mário Simon de Santo Ângelo sugeriu a formação de uma associação para congregar todos os Simon do Brasil. O apoio foi unânime. Vários parentes falaram como Anildo Sarturi, Nenê Muller, Homero Carlos Simon, Amadeo Simon, Lothar Simon. Em seguida foi sugerida a nomeação de uma diretoria, sendo assim escolhida: presidente: Camilo Simon; vice-presidente: Homero Carlos Simon; Secretário: Anildo Simon Sarturi; 2° Secretário: Amadeo Simon; Tesoureiro: Aurélio Simon. Presidente de Honra: Lothário Simon. filho de Pedro Emanuel Simon.

Jornalista Camilo falando, pela primeira vez, aos parentes, em 1977
 O presidente de Honra, Lothário Simon descreveu a história do imigrante alemão e suas peripécias até chegar a São Leopoldo. O vice-presidente Homero Simon falou sobre o sentido da história e o sentido de uma família estar unida e pesquisas sobre suas origens. E o presidente Camilo Simon revelou que ainda naquele ano de 1977 sairia o primeiro número do Jornal dos Simon. O  jornal sempre foi um sonho do pesquisador Pedro Emanuel Simon. Em 25 de novembro de 1960, escreveu para o parente Afonso Simon, de Quilombo, o seguinte: “um terceiro primo teu, chamado Libório Simon, residente em Porto Alegre, está muito interessado na genealogia. Ajudou a pagar as primeiras despesas com impressos e se ofereceu para ajudar com mais dinheiro para publicar um jornalzinho (boletim) da nossa família e me disse uma vez, que achava que um dia, nós teríamos o nosso centro (escritório) que tratasse dos nossos assuntos que interessam a toda a parentela “Simon”. Eu acho tudo isso ótimo e se conseguirmos estreitar ainda mais os laços entre os co-parentes, isto será realidade”. Posteriormente, o parente Mário de Simon, de Santo Ângelo, enviou uma carta sugerindo um jornal para toda a família.

110 parentes estiveram presentes ao 1° Encontro dos Simon
A mídia local destacou o evento com diversas reportagens, lembrando que, pela primeira vez, uma família tinha se reunido para estreitar os laços consanguíneos.
Os jornais Correio do Povo, Zero Hora, Jornal do Comércio, Folha da Manhã, Gazeta Mercantil e até o Deutsche Zeitung, de São Paulo editado em língua alemã, publicaram matéria. Estava nascendo uma grande entidade, fruto de um sonho e de muito trabalho que iria reunir os Simon de todo o Brasil, Argentina e Paraguai.
Na próxima edição, o primeiro Estatuto da Associação da Família Simon e Afins.


Parentes, ansiosos, consultaram o quadro

 
 


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