quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Megido, local da batalha final do fim do mundo. Será?



Israel é rico em cidades com histórias fascinantes ocorridas há milhares de anos atrás. Uma delas fui conhecer no fim de semana passado. Chama-se Megido ou Megedo, uma cidade sobre um monte, perto de Nazaré, na Samaria, no vale de Esdrelon. De cima do monte pode-se observar, em todos os lados, imensos campos agricultáveis do Vale de Esdrelon (hoje Jesrael). Megido era um lugar estratégico de observação militar e por ali passava a Via Maris, a estrada dos romanos que ligava o Egito a Damasco. Daí a importância de ser dominada por impérios, pois era a porta de entrada de todo o Oriente Médio.
São 5,6 ha de escavações

Durante séculos, ela exerceu hegemonia em todo o Oriente Médio. Durante mais de quatro mil anos aconteceram diversas batalhas decisivas da história do antigo Israel. Cerca de 26 cidades foram construídas e reconstruídas, umas sobre as outras, para servirem de fortaleza na guarda da passagem pelo vale, de forma que uma colina acabou se formando onde ficavam essas cidades.
Terras boas para a agricultura

Ali, foram se sucedendo impérios dominados pelos assírios, persas, egípcios, romanos e todo o reino dos judeus, desde a posse da Terra da Promissão chamada Israel. Nomes como  Tutmés (faraó em 1494 aC), Ramsés (faraó), Senaqueribe (Rei assírio, 781 aC), Nabucodonosor (babilônio em 594 AC), Tolomeu (rei egípcio 309 aC), Pompeu (general romano) e Tito (general romano) estiveram ali e tomaram posse por algum tempo.
Hoje Megido é uma área arqueológica de 5,6 hectares, difícil de entender suas ruínas, pois foram camadas de terra e pedra, de cidades sobrepostas, a começar dos cananeus até os romanos, antes de Cristo.
Os cochos para cavalos do Rei Salomão


         No quarto nível de ocupação de Megido, o nível da época do Rei Salomão (1009 aC)), os escavadores desenterraram estábulos que acomodavam 450 cavalos de carros de guerra. Estes estábulos estavam ordenados em seções de maneira que cada unidade pudesse ter cavalariças individuais para 24 cavalos. Havia doze cavalariças de cada lado, uma em frente da outra, e ao extremo de cada uma delas havia cochos de pedra no qual o cavalo comia forragem ou grão, como atestam as fotos.
Foram muitos os achados. Um deles é o famoso selo de jaspe que dizia: “Shema, funcionário de Roboão.” O selo correspondia a época de Jeroboão I (931-910 a.C.), portanto quase três mil anos atrás. Também os arqueólogos descobriram um grande mosaico que servia de piso daquela que, segundo alguns, poderia ser a mais antiga igreja cristã. Provavelmente dos anos 240- 241 dC. No mosaico está inscrustado o símbolo cristão, o peixe e algumas inscrições.
Poço e túnel

         Uma construção incrível é da época do Rei judeu Acab (878 aC). Para se proteger dos invasores e ter água em abundância, ele construiu um poço vertical de 180 degraus, em plena rocha e daí um túnel horizontal de mais de 70 metros até chegar a uma vertente, escondida fora dos muros da cidade. Assim obtinha água no tempo do cerco da cidade. Servia também como rota de fuga. Os turistas passam por este túnel e ao final, encerra-se a visita, fora do monte.
Ruínas de três mil anos

Para nós, cristãos, o principal é o que está no Apocalipse de João que diz: “Então congregaram os reis no lugar que em hebraico se chama Armagedom” (Ap 16.16). Esta batalha se define como sendo a Batalha de Armagedom. A palavra "Armagedom" vem do hebraico Har Megiddo, que significa Monte Megido. Será a batalha final entre as forças do bem e do mal. Alguns especialistas acreditam que será a extinção do mundo pelas forças do bem e do mal. Jesus descreve quando será esta batalha: "E, logo depois da aflição daqueles dias, o sol escurecerá, e a lua não dará a sua luz, e as estrelas cairão do céu, e as potências dos céus serão abaladas. Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens do céu, com poder e grande glória [em brilho e esplendor]. E ele enviará os seus anjos com rijo clamor de trombeta, os quais ajuntarão os Seus escolhidos  desde os quatro ventos,  de uma à outra extremidade dos céus”. (MT 24.29-31)




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