domingo, 17 de novembro de 2013

Ruínas de Beit Shean resistem ao tempo



Pelas ruas de Beit-Shean caminharam Jesus e os discípulos. Naquele tempo, a cidade chamava-se Cytópolis, pela influência grega na região. Mas esta história é antiga. Fundada há cinco mil anos atrás, a cidade passou por diversos domínios até ser sede da batalha dos filisteus contra o Rei Saul no ano 1000 aC. Os filisteus foram vencedores, cortaram a cabeça do Rei Saul e a penduraram nas muralhas de Beit Shean como um troféu. Posteriormente os romanos a conquistaram e edificaram uma imensa cidade, com templo, teatro, casa de banhos, avenidas e fontes. Os cristãos nela estiveram por séculos, porém em 749 dC, foi destruída por um  grande terremoto que não deixou  pedra sobre pedra. A reconstrução da cidade ocorreu aos poucos, principalmente depois de 1948.
Os spas dos romanos. Local que esquentava a água


As imensas colunas dos templos

Essa é parte da história de Beit- Shean, uma cidade localizada no sul do lago Genezaré, a uns 80 km de Jerusalém. Nos dias de hoje, é um importante sitío arqueológico israelense. O visitante depara-se com as ruínas de uma cidade que foi pujante na época dos gregos e romanos , constituindo-se em uma das maiores cidades romanas aqui em Israel.
Ruínas de uma igreja dos anos mil

 Primeiro, aparecem colunas romanas recolocadas em uma imensa avenida. À esquerda, os banhos termais, com os fornos de aquecimento da água. Era o passatempo dos antigos. Em seguida, caminha-se, por mosaicos milenares, 150 metros até se chegar a um templo romano e a uma fonte d' água. À esquerda ruínas bizantinas (depois de 300 dC) e restos de uma igreja com a pintura de uma cruz. Uma imensa e larga avenida empedrada, denominada Rua Silvanus leva às monumentais colunas de templos. Em seguida, outro lugar para banhos termais e o banheiro público, que tinha água corrente e assentos de pedras, um ao lado do outro. Depois vê-se um outro templo e logo o monumental anfiteatro romano, com capacidade para sete mil pessoas, reconstruído pelo general Pompeu em 63 aC. Um imenso palco, de uns 30 metros de largura, feito de pedra reunia os melhores dançarinos e cantores da época. Atualmente, são realizados concertos de música no mesmo local. Também existia um hipódromo para carreiras de cavalos e apresentação de gladiadores. Ao centro, a chamada Ágora grega, uma praça principal onde os cidadãos discutiam problemas políticos e realizavam feiras populares.

O teatro para sete mil pessoas, ainda hoje em  uso

Na época de Jesus, Beit Shean , chamada Cytópolis, era a capital da Decápolis,   dez cidades as quais o Rei Herodes deu nomes gregos. Diz a Bíblia que ao retornar de uma viagem às regiões de Tiro e de Sidon, na Fenícia, Jesus veio ao “mar da Galileia, subindo através das regiões de Decápolis”. (Mc 7.31) Em alguma parte desta região ele curou um homem surdo-mudo e, mais tarde, alimentou milagrosamente uma multidão de 4.000 pessoas.
Os banheiros públicos com água corrente

Por ser uma região plana e produtora agrícola desde os tempos antigos, foi considerada como “Portão do Jardim do Éden”. Ainda hoje é uma das maiores produtoras de frutas, verduras e outros alimentos









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