segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Petra, as tumbas milenares que desafiam o tempo



O mais lindo cartão postal turístico da Jordânia é a milenar cidade de Petra considerada, pela ONU, Patrimônio Histórico da Humanidade. Em meio ao deserto, ergue-se uma cidade totalmente diferente com maravilhosas tumbas escavadas na rocha, túmulos dos reis da tribo árabe dos nabateus, que iniciaram a construção da cidade 300 anos antes de Cristo. São verdadeiros monumentos que foram esculpidos de acordo com a riqueza do rei ou de seus súditos. 
Estreitos desfiladeiros


Assim são mais de 500 covas encravadas na rocha dura, que serviam de túmulo para os habitantes. Existem grutas com 9 a 12 túmulos, conforme o tamanho da família, com arquitetura Greco-romana. Grande parte desta riqueza de construção desmoronou em 551 dC, com um terremoto avassalador. De pé ficaram os monumentos esculpidos na rocha. De lá até 1812, Petra ficou abandonada, até finalmente ser redescoberta por um suíço.
Tumba do tesouro
Tumbas na rocha


A grandiosidade dos monumentos impressiona qualquer visitante, que para ver tudo, precisa de pelo menos dois dias. A visita começa pela caminhada junto a desfiladeiros de 80 m de altura e aos poucos chega-se à cidade. A principal tumba é a do Tesouro, com 30 m de altura e 43 m de largura. Ali foram realizados filmes como ”Indiana Jones”, que todos conhecem e a novela brasileira Viva a vida, em 2009. Os nabateus controlavam o comércio da região que incluía todo o Oriente Médio com suas relações com o Egito. Era tribo poderosa e rica.

Para chegar a Petra há dois caminhos: por via aérea até Amã a Capital da Jordânia e dali mais 270 km de estradas asfaltadas pelo deserto. Ou por Eliat, no sul de Israel, no Mar Vermelho, entrando pela cidade de Ácaba e dali mais 150 km. Petra é servida por 75 hotéis de todas as categorias. Após a entrada, é preciso caminhar 300 metros ou andar a cavalo até a entrada dos estreitos desfiladeiros. Dali até o final da visita são mais 3 km, de grandes surpresas a cada momento, que podem ser percorridos a pé, de camelo, de cavalo ou de burro. É preciso estar preparado, pois as caminhadas são longas, subindo ou descendo de alguns monumentos. Um dos principais é um teatro ao ar livre, cujos assentos foram esculpidos na rocha e que tem capacidade para seis mil pessoas. Os cruzados, depois do ano 1000, estiveram lá e construíram  uma igreja que também ruiu com o tempo. Também há a presença dos romanos com um imenso templo.
Paredes de rochas  multicores

O visitante fica extasiado com a grandiosidade das tumbas e com as tonalidades das rochas, que parecem que foram pintadas de todas as cores. Diariamente, o parque é aberto e invadido por vendedores de lembranças, como anéis, braceletes e miniaturas das tumbas. O dinheiro para ser comercializado é o dinar, que equivale à libra esterlina ou a quase três dólares. Alugar um burro, por exemplo, custa em torno de 20 reais.
O teatro esculpido na rocha

Na Jordânia, que é um país pacífico e não entra em guerras, Petra é a grande atração para os estrangeiros, que aos milhares afluem a este país. Atualmente o Rei é Abulla II, filho de Hussein, que faleceu em 2009. A Jordânia possui 6,5 milhões de habitantes, sendo a maioria muçulmanos. O regime é parlamentarista, com Primeiro Ministro, mas a última palavra é do rei. No ocidente todos conhecem a esposa do Rei, que é palestina, a rainha Rânia, uma das mulheres mais belas do mundo.

Entre os problemas do país, que o nosso guia revelou, está o dos refugiados: são mais de um milhão de sírios, 1.250 mil iraquianos, 900 mil egípcios, entre outros. Os palestinos, que tiveram que fugir de Israel em 1948, foram considerados cidadãos da Jordânia, pois com o tempo, poderiam ser em número maior do que os próprios nativos da Jordânia.

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