O mais lindo cartão postal turístico da Jordânia
é a milenar cidade de Petra considerada, pela ONU, Patrimônio Histórico da
Humanidade. Em meio ao deserto, ergue-se uma cidade totalmente diferente com
maravilhosas tumbas escavadas na rocha, túmulos dos reis da tribo árabe dos
nabateus, que iniciaram a construção da cidade 300 anos antes de Cristo. São
verdadeiros monumentos que foram esculpidos de acordo com a riqueza do rei ou
de seus súditos.
Estreitos desfiladeiros |
Assim são mais de 500 covas encravadas na rocha dura, que
serviam de túmulo para os habitantes. Existem grutas com 9 a 12 túmulos, conforme o
tamanho da família, com arquitetura Greco-romana. Grande parte desta riqueza de
construção desmoronou em 551 dC, com um terremoto avassalador. De pé ficaram os
monumentos esculpidos na rocha. De lá até 1812, Petra ficou abandonada, até
finalmente ser redescoberta por um suíço.
Tumba do tesouro |
A grandiosidade dos monumentos impressiona
qualquer visitante, que para ver tudo, precisa de pelo menos dois dias. A
visita começa pela caminhada junto a desfiladeiros de 80 m de altura e aos poucos
chega-se à cidade. A principal tumba é a do Tesouro, com 30 m de altura e 43 m de largura. Ali foram
realizados filmes como ”Indiana Jones”, que todos conhecem e a novela
brasileira Viva a vida, em 2009. Os nabateus controlavam o comércio da região
que incluía todo o Oriente Médio com suas relações com o Egito. Era tribo
poderosa e rica.
Para chegar a Petra há dois caminhos: por
via aérea até Amã a Capital da Jordânia e dali mais 270 km de estradas
asfaltadas pelo deserto. Ou por Eliat, no sul de Israel, no Mar Vermelho,
entrando pela cidade de Ácaba e dali mais 150 km . Petra é servida por
75 hotéis de todas as categorias. Após a entrada, é preciso caminhar 300 metros ou andar a
cavalo até a entrada dos estreitos desfiladeiros. Dali até o final da visita
são mais 3 km ,
de grandes surpresas a cada momento, que podem ser percorridos a pé, de camelo,
de cavalo ou de burro. É preciso estar preparado, pois as caminhadas são
longas, subindo ou descendo de alguns monumentos. Um dos principais é um teatro
ao ar livre, cujos assentos foram esculpidos na rocha e que tem capacidade para
seis mil pessoas. Os cruzados, depois do ano 1000, estiveram lá e construíram uma igreja que também ruiu com o tempo.
Também há a presença dos romanos com um imenso templo.
Paredes de rochas multicores |
O visitante fica extasiado com a
grandiosidade das tumbas e com as tonalidades das rochas, que parecem que foram
pintadas de todas as cores. Diariamente, o parque é aberto e invadido por
vendedores de lembranças, como anéis, braceletes e miniaturas das tumbas. O
dinheiro para ser comercializado é o dinar, que equivale à libra esterlina ou a
quase três dólares. Alugar um burro, por exemplo, custa em torno de 20 reais.
O teatro esculpido na rocha |
Na Jordânia, que é um país pacífico e não
entra em guerras, Petra é a grande atração para os estrangeiros, que aos
milhares afluem a este país. Atualmente o Rei é Abulla II, filho de Hussein,
que faleceu em 2009. A
Jordânia possui 6,5 milhões de habitantes, sendo a maioria muçulmanos. O regime
é parlamentarista, com Primeiro Ministro, mas a última palavra é do rei. No
ocidente todos conhecem a esposa do Rei, que é palestina, a rainha Rânia, uma
das mulheres mais belas do mundo.
Entre os problemas do país, que o nosso guia
revelou, está o dos refugiados: são mais de um milhão de sírios, 1.250 mil
iraquianos, 900 mil egípcios, entre outros. Os palestinos, que tiveram que
fugir de Israel em 1948, foram considerados cidadãos da Jordânia, pois com o
tempo, poderiam ser em número maior do que os próprios nativos da Jordânia.
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