segunda-feira, 17 de julho de 2017

ASSOCIAÇÃO READQUIRE A CASA DOS SIMON EM 1999


Um dos maiores sonhos perseguidos pela Associação da Família Simon foi a compra da casa, adquirida na gestão da presidente Paula Simon Ribeiro. Depois de 21 anos na presidência, Camilo Simon foi sucedido pela Paula, que logo tratou de seguir os passos de seu pai, o pesquisador Pedro Emanuel Simon. A posse foi no dia 17 de maio de 1998, em Assembleia Geral Ordinária da entidade. Paula assumiu a gestão 1998-2003. No segundo semestre, de 1999, havia rumores que a casa estaria à venda. Logo a diretoria reuniu todas as forças da família, pois a Casa dos Simon é mais que um símbolo para todos. É uma referência concreta de uma família cujas raízes atravessam os séculos. No dia 24 de outubro de 1999, em Assembleia Geral ordinária aprovou-se a compra. Na oportunidade, o prof. Helmuth Alfredo Simon disse que ”nós somos os responsáveis pela preservação do nosso passado e pelo nosso futuro. Somos a ponte que passa os ideais da família para as novas gerações. Temos um monumento, um símbolo da família que deve ser preservado a todo custo. A Casa dos Simon é um referencial para os próximos séculos para todos os membros da família”.

A foto mais antiga da Casa dos Simon, de 1911, vendo-se a família de José Simon e Catarina Steffen
 
No dia 12 de novembro de 1999, a presidente Paula Simon Ribeiro, acompanhada da tesoureira Lory Crossetti Simon assinou o contrato da arras, com o valor de entrada de R$ 7.000,00. O preço da compra foi de R$ 17.000,00 sendo pago o restante, em 20 prestações de R$ 500,00.

Ilustração da Casa dos Simon
 
A Casa dos Simon foi construída em 1868, toda de pedra e suas paredes possuem 90 cm de largura. No frontispício da Casa, lê-se  Paul Steffen – 1868, que foi o construtor. Foi habitada, inicialmente pelo filho Mathias Simon Junior. Depois por José Simon, casado com Catarina Steffen. Ali nasceram seus 14 filhos. A casa servia de armazém de Secos e Molhados e comercializava, principalmente farinha, que era moída no moinho de sua propriedade. José morreu em 1915 e a viúva Catarina vendeu a propriedade e transferiu-se para Tapera - RS. José está enterrado no cemitério da Capela do Rosário.
Lory Simon tesoureira da AFSA acompanhada de Paula Simon Ribeiro,
 presidente, na assinatura da arras da compra da casa em 1999
 
A casa é bem ampla e tem a dimensão de 242 m2. Ela possui dois amplos salões que eram usados para bailes da comunidade. Posteriormente, anexou-se uma cozinha, no século passado pelos proprietários. As janelas originais foram substituídas por janelas mais modernas, para fins de segurança. O quarto do casal possui ainda pinturas originais. O sótão era repartido em vários quartos para os filhos. A porta de entrada é ladeada por pedra maciça de cada lado, encimada por outra pedra maciça. Como base destas pedras laterais, foi feita escultura, de cada lado, de um vaso em alto relevo, contendo uma planta. O professor Helmuth Alfredo Simon assim explicou os seguintes elementos:
A flor entalhada na porta da Casa dos Simon
 

        1)     Um vaso de base e boca mais largos que o corpo, com duas alças.
      2)     Uma planta que nasce do vaso, com 10 ramos no caule e um grande cálice na parede superior; dos dez ramos seis possuem cálices e quatro são ramos sem flor; os dois cálices dos ramos inferiores estão voltados para baixo; enquanto os outros se voltam para cima.
      3)     Duas estrelas com oito pontas cada uma, ao lado da base do vaso.
A explicação do professor Helmuth é a seguinte:
São apenas conjeturas:
a)  Será que o vaso não significa a nova pátria o Brasil, para onde a planta de Mathias Simon foi transplantada?
 b)  As duas estrelas da base talvez não simbolizem Mathias Simon e Margarethe Wurst?
        c)   Os dez ramos podem simbolizar os dez filhos de Mathias e Margarethe, dos quais os dois 
        primeiros  (cálices murchos já estavam mortos e sem filhos (seria dos dois primeiros filhos de Mathias,
        Helena e Bárbara que morreram cedo e não tiveram filhos)
d)  O grande cálice do alto talvez possa simbolizar a fecundidade da planta que pode produzir sempre com novos rebentos
Simbolismo: As conjeturas levantadas convergem para um belo simbolismo referente a toda a grande Família Simon. A planta fecunda dos Simon, transplantada da Alemanha para o Brasil cresceu, floriu, frutificou e continua a crescer, florir e frutificar”.

Pintura original na parede de um dos quartos da Casa dos Simon
 
A foto mais antiga da casa é datada de 31 de maio de 1911. José Simon e sua esposa Catharina Steffen Simon reuniu a família em frente à casa: Da esquerda para a direita: em primeiro lugar o pai José; depois os filhos Julio, Alfredo, Paulino, Filomena, Lúcia, Alcides, Lidvina, Osmilda, a mãe Catarina, ainda a Teresa e a Olga. Na foto faltam quatro filhos que já tinham saído de casa: Pedro Emanuel, Delfina, Sibila e Pedro Nicolau. Na parede da janela do lado direito, José colocou a data: 31 de maio de 1911.
Na próxima edição: Mais duas festas nacionais dos Simon

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