domingo, 2 de julho de 2017

SESQUISIMON A 1ª GRANDE FESTA NACIONALDOS SIMON


Os Simon sempre foram muito festeiros. Durante os primeiros 33 anos de atividade, foram realizadas 53 festas  entre as nacionais, regionais e municipais. Durante todo o ano de 1978, a diretoria preocupou-se em estimular os Simon de todo o Brasil para participarem da primeira grande festa dos Simon, em nível nacional, chamada SESQUISIMON em comemoração aos 150 anos da chegada do imigrante alemão. Nos dias 10 e 11 de fevereiro de 1979,Tapera acolheu mais de 1300 parentes. Escolheu-se esta cidade, por ser uma região de grande densidade de parentes Simon, em municípios como Selbach, Não Me Toque, Carazinho, Ibirubá, Espumoso, Passo Fundo, Palmeira das Missões, Chapada e outros. Para tanto, foram realizados encontros regionais, sendo dois em Porto Alegre, dois em Tapera, um em Quilombo e outro em Pinhalzinho. Este, com mais de 250 pessoas. Em Tapera, formou-se uma comissão organizadora da festa, sob a liderança de Roque Simon, com oito comissões: divulgação, alimentação, recepção, hospedagem, saúde, finanças, pesquisa, liturgia e secretaria geral. A diretoria enviou convites a centenas de Simon de todo o país, através de cartas, bem como o jornalista Camilo Simon editou três jornais dos Simon, enviando para cerca de 700 Simon.


O presidente da AFSA Camilo Simon falando aos 1300 presentes na SESQUISIMON
 O entusiasmo pela causa atingiu a todos os Simon. O professor Helmuth Alfredo Simon, de Porto Alegre, compôs o Hino dos Simon, para ser cantado em todos os encontros da família. A letra é a seguinte:

“Da Alemanha, há século e meio
Nova pátria buscou no Brasil,
O patriarca do clã dos Simon
Cuja estirpe agora é dez mil.

(estribilho)
Simon, Simon hei, hei
Isto é que é viver
Vamos todos nos unir.
Pra família grande ser!

Na nova terra, Mathias Simon
Trabalhou e sofreu e amou
Para si mesmo e para os filhos
“Trabalho e honra como norma adotou.

Muitos outros se integraram
Neste sangue e neste ideal
E hoje em dia os Simon formam
Uma família Internacional.

Como os outros compatriotas,
Nascidos todos também neste chão
Bem unidos os Simon trabalham
Para o bem desta grande nação”
O coordenador da Festa Roque Simon (no violão) saudando o irmão Izidoro Simon


E chegou o grande dia. Os Simon, depois de 150 anos no Brasil, reuniram-se pela primeira vez no Ginásio de Esportes da paróquia de Tapera - RS para celebrar a vida. Simon de todas as partes do Brasil aderiram ao evento. Caravanas do Rio de Janeiro, de São Paulo, do Paraná e de Santa Catarina foram chegando. Ônibus especiais de diversas cidades gaúchas. O povo de Tapera abriu as portas de suas casas para recepcionar os Simon. Nos dias 10 e 11 de fevereiro de 1979 houve uma demonstração de amor, de solidariedade, de fraternidade. O editorial do jornal dos Simon assim escreveu: “Se houvesse um dia em toda a história da humanidade em que as horas pudessem se espichar teria sido na SESQUISIMON. Igualmente tudo o que escrevemos e falamos é nada para expressar tudo o que se viveu, se falou e principalmente o que se sentiu. Cerca de 1300 pessoas vibraram como nunca antes tinha acontecido, com tudo o que se passou. Para um estranho que observasse os acontecimentos, poderia parecer idiotice ver tantas pessoas que não se conheciam, pela primeira vez que se viram, já se abraçavam, se beijavam como se fossem todos irmãos. Qual o mistério de tanta magia e de tanta emoção? Somente o amor que estava oculto em cada um há 150 anos da Família Simon no Brasil poderá explicar o que houve. Somente os laços de sangue, que apesar de 150 anos estarem ocultos e silenciosos, durante dois dias extravasaram e apareceram com todo o seu esplendor. Tudo foi alegria, foi amor, foi choro, foi festa foi manifestação de uma raça, de uma família que, de supetão, formou um liame, um elo de ligação em centenas de cidades deste Brasil, de sul a norte. Definitivamente os laços de fraternidade foram selados para todo o sempre nesta festa que foi a primeira de uma série pelos séculos afora.
Chegada dos Simon de Novo Hamburgo
 
Carreata com 156 carros

A festa começou no dia 10 de fevereiro, sábado, com uma carreata com 156 carros e ônibus, com faixas alusivas ao evento, pelas ruas da cidade. À noite, foram feitas as apresentações das cidades presentes. Falou o coordenador da festa, Roque Simon e da Associação, Camilo Simon. Depois foi a vez do prefeito Maximiliano Batistella e por fim começou o grandioso churrasco de confraternização, seguido de um baile. A rainha da festa foi Rita Simon, de 17 anos, de Pelotas. No domingo, foi rezada uma missa pelos sacerdotes Simon, Pe. Ercílio Simon, Pe. Irineu Simon, Pe. Hugo Simon Hartmann, Pe. Olmiro Simon Hartmann e Pe. Rudi Simon Hartmann. O sermão foi dirigido pelo prof. Helmuth Alfredo Simon. Ao meio dia, outro grandioso churrasco de confraternização, onde os Simon estreitaram os laços de amizade. Pela tarde, começou o retorno dos participantes. As delegações da Argentina, Paraguai e de Estados brasileiros distantes como Rio de Janeiro, São Paulo, Mato Grosso, Paraná e Santa Catarina, Goiás e Roraima começaram o longo retorno, levando na alma a alegria de uma família que se reencontrou depois de 150 anos.
Na próxima edição, a continuação das festas.
 

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