Não
é de hoje que a beleza da mulher Simon se destaca em todas as cidades. Por
exemplo, em todas as festas de família sempre foi uma dificuldade a escolha da
rainha dos Simon. Em 1986 aconteceu algo inédito na história da família Simon.
Uma Simon foi escolhida como Miss Atlântico Sul, o que seria hoje uma edição de
Miss Rio Grande do Sul.
Adriana no desfile |
Adriana
Simon, nascida em Sobradinho, tinha 22 anos. É filha de Orlando Simon e Zitha Vardanenga.
Neta de João Paulino Simon, bisneta de José Simon, trineta de Mathias Simon
Júnior e tetraneta de Mathias Simon, o imigrante alemão. Adriana vivia sua
vida pacata em Porto Alegre e veraneava na Praia do Barco. Foi então que no
verão de 1986 algo aconteceu em sua vida mudando-a radicalmente. Vejamos o que
ela disse na época sobre sua escolha como Miss Atlântico Sul:
Adriana desfilando na rua em carro aberto |
“O
meu título foi fruto não só da beleza, mas também da força de vontade e do elã
de vencer que caracteriza a família
Simon. Normalmente nós veraneávamos na praia do Barco, onde temos uma casa, mas
no verão de 1986 eu veraneava na casa da
família do meu namorado em Xangrilá. Numa tarde quando estava à beira-mar vendo meu namorado surfar, fui abordada por
um casal de diretores do Clube Xangrilá que me observavam e acharam que eu
tinha condições de representar a praia de Xangrilá no Concurso Miss Atlântico
Sul. Honrada por esse convite, aceitei. Embora os obstáculos surgidos e as
divergências de opiniões, eu estava decidida a levantar este título para a família
e por isso, com o apoio de meus pais, de minha irmã e de meu namorado fui à
luta e cheguei ao grande dia, no dia 15 de fevereiro de 1986 que iniciou com um
desfile em carro aberto, pelas ruas de Tramandaí, onde fui aclamada nas ruas
como vencedora, pela população em geral, inclusive crianças que gritavam meu
nome. Isto foi um estímulo para mim.
Éramos em número de 40 candidatas, com representações de Santa Catarina, Paraná
e o nosso Rio Grande, todas meninas lindas e com grandes chances de vencer. Ao iniciar
o desfile no Ginásio Elói Brás Sessin, centro de cultura e de lazer de
Tramandaí, totalmente lotado com torcidas organizadas das praias concorrentes, o nervosismo tomou
conta das candidatas, mas o calor da torcida nos tornava mais confiantes. Para
mim o desfile de passarela foi fácil pois tinha experiência como manequim em
Pelotas. Eu fui a primeira a ser chamada entre as vinte finalistas, o que me
deixou mais aliviada. Mas na hora da escolha final quando as duas princesas foram chamadas e o
apresentador começou a fazer suspense sobre o nome da candidata vencedora a
miss, meu coração disparava, pois além de mim havia muitas meninas com reais
chances de serem vencedoras. Mas para minha alegria e depois de muito suspense
ele gritou: Adriana Simon, da Praia de
Xangrilá é a Miss Atlântico Sul 1986!
Levei um susto e logo me recuperei para receber a faixa e as glórias de um
ginásio inteiro que vibrava com a nova Miss. Este instante de emoção e alegria
indescritível ficará impresso em mim durante toda minha vida. Alegria não menor
foi também na entrega das chaves do chevette luxo, zero quilômetro, entregue
pelo diretor da Osauto/Chevrolet de Osório. Assim, além do trabalho, do
caráter, da inteligência, a família Simon traz também a beleza e a graça de
seus filhos e filhas”
Adriana na Zero Hora em 1986 |
Este é o relato de Adriana que não contou o
sofrimento e o choro dos pais e do casal que a convidou, pois num ginásio de
esportes quando tudo vinha abaixo, com torcidas organizadas, com faixas e
cartazes, apenas quatro a cinco pessoas torciam pela Adriana, que de um dia
para outro foi guindada a Miss Atlântico Sul um título que ficará na história
dos Simon. Parabéns!
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