terça-feira, 17 de outubro de 2017

UMA FREIRA SIMON VESTIDA DE ANJO


Ir. Edgara no encontro dos Simon
 em Porto Alegre

                Se existe um anjo da guarda que tem sobrenome Simon esse anjo chama-se Ir. Edgara. Por isso se você ao adoecer e no silêncio da noite em uma cama de hospital sentir um farfalhar de asas e um calor humano perto do seu leito, fique frio e tenha certeza, este anjo é um anjo Simon. E quem disse que um ser humano não pode transformar-se em um anjo de verdade?

Ir. Edgara
              Em nossa família temos muitos heróis anônimos que devotaram suas vidas em favor de outros, sem nunca terem aparecido em capas de jornais e TVs. Porém, dificilmente iremos ultrapassar a tenacidade, o desprendimento, a abnegação de uma Ir. Edgara, uma guerreira na luta contra as doenças e uma fortaleza na doação ao próximo. Imaginem: foram 60 anos de dedicação diária aos mais necessitados, aos mais desamparados doentes em vários hospitais do Rio Grande do Sul. Uma vida inteira dedicada aos mais fracos e frágeis, e sempre com um sorriso no rosto, um olhar de esperança, uma palavra de conforto, ora ajeitando o travesseiro do doente, ora dando comida na boca, ora trocando fraldas. Mas quem é esta mulher forte, que merece um lugar de destaque no panteão dos Simon?

                Maria Margarida Simon (Ir. Edgara) este era seu nome de batismo, nasceu no dia 29 de janeiro de 1894, em São Benedito, município de Montenegro. Os pais Jacob Simon e Ana Maria Backes a educaram nos princípios cristãos. Maria Margarida era neta de Mathias Simon Júnior e bisneta do imigrante alemão Mathias Simon. Conta Ir. Edgara que conheceu pessoalmente o seu avô Mathias Simon Júnior. Com quatro anos foi visitar o avô na Capela do Rosário em São José do Hortêncio. "Era um velhinho muito alegre e com barba. À noite, o velhinho reunia os netos e contava histórias. E os netos brigavam para lavar os pés do avô, como era o costume na época. Ele morava numa casa grande de pedra, sendo que a casa era rodeada de flores. E o vovô Mathias sentava numa cadeira de balanço e contava histórias para todos os netos presentes".


Ir. Edgara com parentes Simon
            Cedo Maria Margarida despertou para a vocação religiosa. Aos 17 anos deixou a casa paterna e foi para a Santa Casa de Misericórdia em Porto Alegre, para trabalhar como enfermeira. Três anos depois, com 20 anos entrou para o Convento São José em São Leopoldo. Depois de receber os votos reiniciou sua atividade como enfermeira, por 60 anos em diversas cidades gaúchas como Santa Rosa, Santa Maria, Passo Fundo, Tupandi, Santa Cruz do Sul, Porto Alegre, Santa Maria e São Leopoldo. Foi a construtora de hospitais nas cidades de Tupandi, Santa Rosa e Passo Fundo. Depois de trabalhar por 60 anos em hospitais junto aos doentes, foi descansar no Orfanato da Piedade em Porto Alegre e posteriormente na Pia Instituição Chaves Barcelos, na mesma Capital. Em novembro de 1985, Deus a chama para gozar das delícias eternas com 89 anos, dos quais mais de 60 dedicados aos doentes.
                Que exemplo! Que abnegação!. Que renúncia! Os Simon têm uma santa no céu a interceder por nós. Santa Edgara, rogai por nós!

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